Ele não usa capa de super-herói, nem tem superpoderes. Seu local de trabalho não é nas produções da Marvel ou da DC, mas sim em uma sala policial e nas Ruas, combatendo a criminalidade. Sua atuação na área da segurança pública tem sido bastante elogiada, a ponto de muitos o chamarem de super Ney. Amado pela população, odiado pelos bandidos. O caso de amor e ódio vivenciado pelo cidadão de bem e operadores do crime, respectivamente, vem fazendo com que o candango Ney Luiz Rodrigues, titular da Delegacia de Polícia de Ipojuca tenha uma passagem de sucesso por terras ipojucanas.
Policial há mais de 14 anos, tendo atuado em grande parte deste tempo na Polícia Militar do Distrito Federal, assumiu a titularidade da 42ª DP em janeiro de 2018, após ser aprovado em um concurso público realizado pelo Governo de Pernambuco que buscou preencher vagas para as funções de agente de polícia, escrivão e delegado. Quando assumiu o comando da delegacia de Ipojuca, os índices de violência eram bastante elevados. Os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), nomenclatura criada para designar homicídios, lesão corporal seguida de morte e latrocínios, um dos maiores da Região Metropolitana do Recife (RMR).
A estrutura que dispunha ao assumir não era das melhores. Aos poucos, com muito trabalho e pouca conversa, conseguiu, junto com a equipe de profissionais que trabalham na delegacia, reduzir os índices de violência, a ponto de Ipojuca ter sido o município com a maior redução de assassinatos da RMR em 2019. Muitos foram os casos elucidados. Traficantes torturadores, ladrões de veículos, tribunais do crime foram desarmados. Até um casal de idosos que vendia drogas foi preso.
Outros fatores também contribuíram com o resultado, como a chegada de uma base do BOPE em Porto de Galinhas, os trabalhos do 18° Batalhão da Polícia Militar e das outras delegacias instaladas no município (43º DP e 15° de Homicídios), assim como as ações executadas pelo poder público municipal, a exemplo da instalação de câmeras de monitoramento e investimentos em iluminação. Mas, neste bolo, uma grande fatia pertence ao doutor Ney e sua equipe.
Recentemente, o município assistiu uma tragédia sem proporções. Uma grande chacina realizada por bandidos de facções criminosas com atuação na região. Cinco vidas foram ceifadas e 12 pessoas feridas em pleno Dia dos Pais nas comunidades de Rurópolis e João de Barros. Cenas semelhantes a um filme de terror. Consequência disso, uma população, que acabará de conviver com índices melhores na segurança, amedrontada. De férias, o delegado Ney acompanhava o caso à distância sem ter a real dimensão sobre o medo que tinha se alastrado na população. Comércio fechando mais cedo, áudios veiculados por supostos líderes criminosos decretando toque de recolher. A sensação de pânico foi instalada.
Ao retornar das férias e tão logo soube da situação, reuniu “seus homens” e foi às Ruas de Ipojuca fazer o que segundo ele mais gosta de fazer: “caçar vagabundos”. Tranquilizou a população, pediu confiança no trabalho da polícia e afirmou que uma resposta a tal investida criminosa seria dada no momento oportuno. O Xerifão estava de volta! A população mais tranquila.
Esse é o perfil do doutor Ney. A seriedade que investiga o ladrão de galinha é a mesma que lidera uma investigação para desarticular líderes e integrantes de facções criminosas.
Os ipojucanos de bem agradecem o trabalho, já os criminosos…
Orgulho desse brasiliense, profissional sensacional. Parabéns pela dedicação.
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