Morreu nesta sexta-feira o sambista Almir Guineto, aos 70 anos, no Hospital Clementino Fraga, na Ilha do Fundão, no Rio, onde o cantor estava internado. A informação sobre seu falecimento foi divulgada pelos perfis do artista no Twitter e no Facebook.
“Comunicamos com pesar o falecimento do sambista Almir Guineto, na manhã desta sexta-feira (5), no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações trazidas por problemas renais crônicos e diabetes. A família do cantor agradece pelas orações e o carinho de todos os fãs e admiradores. As informações sobre o velório e o sepultamento serão divulgadas em breve”, diz o comunicado no Facebook.
Fundador do grupo Fundo de Quintal, Guineto estava internado desde março. Ele lutava há 17 meses contra problemas renais crônicos.
Em junho de 2016, o músico se afastou dos palcos. Ele passaria a tratar uma insuficiência real crônica depois de descobrir o problema de saúde no fim de 2015, quando sentiu fortes dores no corpo antes de um show em São Paulo.
O cantor reconheceu, na época, que o tratamento o havia enfraquecido e impedido cumprir com excelência a agenda de apresentações. Apesar da pausa, ele previa o retorno aos shows para o começo de 2017, o que não conseguiu.
Almir Guineto introduziu o banjo no samba, com afinação de cavaquinho, o que lhe rendeu elogios de ser um sambista completo, o rei do pagode.
— Agora tem mais de 400 mil banjos por aí — ironizava em 2012 sobre a popularização do instrumento na cena musical.
Tijucano, viveu no Morro do Salgueiro até 1970. Ali aprendeu a gostar de samba, a tocar instrumentos, e passou a venerar o pavilhão da Acadêmicos do Salgueiro.
Em 2012, quebrou o hiato de 11 anos longe dos estúdios com o CD “Cartão de Visita”. O último trabalho homenageava a cidade do Rio, com músicas inéditas que balançavam o público do eixo Rio-São Paulo ao lado dos clássicos “Caxambu”, “Mel na boca”, “Jiboia”, “Insensato destino” e “Lama nas ruas”.
— É igual a andar de bicicleta. A gente não perde as técnicas — contou ao GLOBO, em entrevista de dezembro de 2013, sobre o retorno às gravações musicais.
Guineto é cultuado no mundo do samba, com a inconfundível voz rouca, de dicção por vezes incompreensível, movida no passado por doses de álcool e drogas.
Fonte: Extra