Somos propulsores e pioneiros na criação e transmissão ao vivo de programas via internet, assim como na concepção de grupos de notícias via Whatsapp no município de Ipojuca. Como exemplo, idealizamos a página da TV Ipojuca Online, além dos programas “Ipojuca Conectado”, “Bom dia Ipojuca”, ancorado pelo comunicador Márcio Lima e o “Gospel Line”.

Conseguimos transformar a simples página da TV Ipojuca Online no facebook na REDE I de Comunicação. Criamos nosso portal de notícias, o www.tvipojucaonline.com.br, uma das maiores páginas informativas de Pernambuco e região, em particular, de Ipojuca.

Nossa página do facebook possui 49 mil seguidores e nos últimos 28 dias, tivemos um alcance de 958,7 mil, ou seja, quase um milhão de pessoas alcançadas de forma orgânica, isto é, sem patrocínio envolvido. Criamos nosso próprio conteúdo.

No Instagram, nossa página não para de crescer e, já passou da marca dos 20 mil seguidores, com 85% do nosso público formado por ipojucanos. Mas, como a Ipojuca Online chegou até aqui firme e forte?

Uma das principais medidas que tomamos como bandeira irrenunciável foi o combate as Fake News. Antes de publicarmos uma notícia, checamos o fato até termos a certeza de que se trata de uma notícia verdadeira. Tanto é assim, que já existe um bordão na cidade de Ipojuca – “Se foi a TV Ipojuca Online que publicou, é verdade”.

O que se sabe é que muitas páginas de TV WEB já foram criadas e fechadas a toque de caixa e outras repassadas e vendidas, mas sem nenhuma identidade ou propósito com a verdade, e muitos ou muitas tem como único objetivo a promoção de quem não sabe aonde quer chegar, ou se sabe, não tem talento para se manter na atividade.

Temos acompanhado as páginas das Webs Tv’s de nossa região e mais dezenas de grupos políticos no Whatsapp. É uma experiência um tanto surreal. Links, vídeos, imagens e áudios são compartilhados caoticamente por diversas pessoas ao mesmo tempo, quase impossibilitando a leitura ou a escuta de quem recebe na outra ponta.

Muita desinformação, como imagens no contexto errado, áudios com teorias conspiratórias, fatos e fotos manipuladas, pesquisas falsas, textos e áudio que na sua maioria acabam rompendo com a liberdade de expressão e cometendo repetidamente crimes contra honra, calúnia, difamação, injuria, dentre outros. Cito como exemplo a Lei 13.834/2019, que criminaliza a denunciação caluniosa com finalidade eleitoral.

A maioria dos grupos políticos no Whatsapp de Ipojuca tem na sua maioria as mesmas pessoas que se alterna ente si, uma hora, ele fala em um determinado grupo, outra hora, fala em outro e vai se reversando entre grupos. Basta um administrador ou um membro de um determinado grupo divergir da dinâmica ou do assunto que está sendo tratado, o membro do grupo, ou sai, ou o administrador excluí, e já vai montando outro grupo e passa a incluir no novo grupo todos aqueles que estão nos demais grupos.

Além dos perfis falsos, ou melhor, os chamados perfis fakes, introduzidos pelos administradores, muitos deles orientados por seus financiadores e líderes políticos que tomam decisões sobre quem adicionar ou remover de um chat de grupo, e qual conteúdo é compartilhado. Isto significa que, um administrador de nível relativamente baixo pode tornar-se uma “figura importante”.

Os administradores de redes sociais tornam-se vozes líderes em comunidades de protesto, mesmo quando esses movimentos são apresentados como “sem líder”, mas como administrador do grupo Whatsapp, ele pode controlar quem está dentro e quem está fora do centro das discussões, seja sobre a política local, estadual e nacional, ou, tema sobre a comunidade.

O drama da internet, como bem disse o filósofo Umberto Eco, “é que ela promoveu o anônimo da aldeia a portador da “verdade”.

*Deoclécio Lira é advogado e vereador da cidade de Ipojuca (PE)