Com objetivo de reivindicar o direito à cidade e o reconhecimento das comunidades tradicionais pesqueiras que são atingidas com o assoreamento, poluição dos rios, mangues e sofrem com a invasão dos empreendimentos comerciais e imobiliários em seus territórios pesqueiros um coletivo de organizações sociais realizam na próxima quinta-feira (4/8), uma barqueata cuja finalidade é denunciar os desmandos socioambientais em seus territórios.
A concentração da barqueta, acontece às 7h, na rampa da comunidade de Ilha de Deus, no Recife, tendo como destino o Armazém do Campo, no Centro da Cidade, em direção ao Palácio do Campo das Princesas. O ato reunirá representantes das comunidades pesqueiras artesanais do litoral sul e norte de Pernambuco, que defendem os seus modos de vida e lutam contra o racismo ambiental.
Na ocasião, também será lançada uma Carta e Manifesto denunciando as atrocidades nos territórios pesqueiros direcionadas aos órgãos de fiscalização ambiental e alerta a sociedade sobre essas violações socioambientais que são negligenciadas pelos diversos governos.
Vale destacar, que dentre as pautas de reivindicações estão: o cenário de enfrentamento às mudanças climáticas durante o período de chuvas que desnuda a escassez do pescado; a privatização das águas a partir de empreendimentos públicos/privados que não consultam às comunidades e impossibilitam o direito de ir e vir na maré, rios e mangues, ocasionando uma perda dos territórios e o aniquilamento da cultura da pesca. Além da implantação de um programa que ampare dignamente as comunidades pesqueiras durante esse cenário de mudanças climáticas.
Participam também da manifestação ambientalistas, defensores dos direitos humanos, pescadores e pescadoras que atuam na defesa dos modos de vida da população pesqueira que é vítima do racismo ambiental e do capitalismo.
Serviço:
O quê: Barqueata em defesa das comunidades pesqueiras
Onde: Na rampa da comunidade Ilha de Deus/ Ato no Palácio do Campo das Princesas
Quando: 4 de agosto, quinta-feira
Horário: 7h concentração