Estátua de Liêdo Maranhão é alvo de vândalos no Centro do Recife

 A estátua do escritor e fotógrafo Liêdo Maranhão, no Centro do Recife, foi alvo de vandalismo. Este é o primeiro caso registrado em 2017 de danos a uma obra do Circuito da Poesia, que homenageia figuras importantes da cultura pernambucana.

A peça, de autoria do artista plástico Demétrio de Albuquerque, estava caída no chão e tinha danos na parte inferior, quando foi encontrada, na segunda-feira (6), por fiscais da Prefeitura do Recife. Um mês antes, ela tinha sido inaugurada pela administração pública, na Praça Dom Vital, perto do Mercado de São José, um dos cartões-postais da cidade.

De acordo com a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), a obra teve que ser retirada do local. Agora, vai passar por restauração. Ainda não há prazo para o Circuito da Poesia voltar a ficar completo.

A Emlurb explica que o artista plástico será obrigado a fazer os reparos. Trata-se de um trabalho manual que requer bastante tempo.

O Circuito da Poesia tem, ao todo, 16 monumentos. A estátua de Liêdo integra a última etapa do projeto. A homenagem ao escritor e fotógrafo foi instalada na Praça Dom Vital, onde ele costumava olhar e fotografar quem circulava pelo local.

Também ganharam homenagem nessa útliam etapa, inaugurada em 5 de janeiro deste ano, o escritor Ariano Suassuna, o poeta Alberto da Cunha Melo e a poetisa e jornalista Celina de Holanda Cavalcanti. As esculturas tiveram um investimento de R$ 120 mil.

O Circuito da Poesia é composto de monumentos de artistas como os poetas Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto, os músicos Chico Science, Luiz Gonzaga e o compositor Capiba. O monumento em homenagem ao poeta Joaquim Cardozo, na Ponte Maurício de Nassau, ficou danificado recentemente e precisou ser restaurado.

Mais vândalos

Em novembro do ano passado, a Emlurb informou que quatro estátuas estavam sendo restauradas depois de sofrer ação de vândalos. As esculturas depredadas eram as de Manuel Bandeira, na Rua da Aurora; Ascenso Ferreira, no Cais da Alfândega; Carlos Pena Filho, na Praça da Independência; e Joaquim Cardozo, na Ponte Maurício de Nassau.

Em 2015, de acordo com a empresa, foram gastos R$ 115 mil com a restauração das estátuas. Para recuperar monumentos artísticos e históricos que são alvo de depredações, a prefeitura chega a desembolsar, por ano, R$ 2 milhões.

Fonte: G1 PE

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