A professora Maria Leocilane de Lemos Sousa, que participou da seleção simplificada de 2021 afirmou ter sido perseguida pela Secretaria de Educação do Ipojuca e forçada a deixar o posto de docente do município.
Ela informou que trabalhou na escola municipal Maria das Dores em Nossa Senhora do Ó e que no último mês de abril, em uma quinta-feira, avisou na unidade de ensino que não iria trabalhar no dia seguinte, pois estava com o marido doente e internado em um hospital.
“Não tinha ninguém para ficar e eu fiquei com ele na sexta, sábado e no domingo. Na segunda, assim que cheguei, notei que a supervisora escolar não tinha me dado bom dia, apenas falado que eu teria que comparecer até a gerência de ensino da Seduc na PE-60 em Ipojuca”, afirmou Maria, acrescentando.
“Chegando lá, uma servidora perguntou ‘então foi você que abandonou o posto de trabalho?’ Eu falei que não, que tinha avisado e apresentei todas as declarações necessárias. Então pediram para eu aguardar e me deram um chá de cadeira. Depois, quando finalmente me atenderam falaram que iam me transferir e me deram três opções de escolas muito distantes. Era uma em Camela e outras na zona rural. Informei que era distante para mim e eles disseram ‘Se não quiser, assine a demissão’, desse jeito”, relatou.
“Tinha acabado de renovar meu contrato por mais dois anos, mas diante da dificuldade em trabalhar em uma escola muito longe de minha casa, optei por deixar a rede de ensino de Ipojuca. Eles praticamente me forçaram a sair”, afirmou Leocilane.
Questionada pela reportagem da TV Ipojuca, o motivo do caso ter ocorrido em abril e apenas seis meses após o ocorrido ter denunciado, informou: “Foi por medo de retaliação”.