Mais de 50 pessoas denunciam golpe de aluguel de pousadas e bangalôs para réveillon em Muro Alto

Mais de 50 pessoas denunciaram ter sido vítimas de um golpe aplicado no momento em que fecharam contratos de hospedagem em pousadas, bangalôs e hotéis para passar o réveillon no Litoral Sul de Pernambuco. Sem passeio e sem o dinheiro pago, elas procuraram a Polícia Civil, que está investigando o caso.

A dentista Patrícia Ponce passou a virada do ano em casa, no Recife, mas os planos eram outros. No dia 30 de dezembro de 2020, ela recebeu uma mensagem da pessoa que intermediou a hospedagem do grupo durante a virada do Ano Novo, informando que as reservas estavam canceladas e que o dinheiro seria devolvido, mas não foi.

“Em outubro, a gente alugou dois bangalôs em Muro Alto [em Ipojuca], para 20 pessoas. Família, mesmo, com os filhos, para passar o réveillon lá, por três dias. Um dia antes, teve uma mensagem de WhatsApp da pessoa que alugou, cancelando sem nenhuma explicação, dizendo que ia reembolsar e, claro, não houve reembolso. Não responde mais nada, telefone, nem WhatsApp”, declarou.

Patrícia, assim como outras pessoas que também teriam sido enganadas, tem um contrato de aluguel dos bangalôs, com firma reconhecida pela mulher que seria despachante de pacotes de turismo.

As vítimas foram ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) para prestar queixa. Todas contam que pensavam ter feito reservas em hotéis, pousadas e condomínios, mas, na hora da viagem, descobriram que não havia reservas. Nenhuma recebeu o dinheiro de volta.

Algumas pessoas que foram à delegacia contaram que acreditaram na mulher porque já tinham fechado pacotes de turismo mais baratos com ela, em outras ocasiões. Eles acreditam que, para conquistar a confiança das vítimas, a mulher cumpre com contratos mais baratos, para, depois, aplicar o golpe, com pacotes mais caros.

As vítimas criaram um grupo nas redes sociais que conta com mais de 50 integrantes. Somente uma das pessoas diz que perdeu R$ 25 mil. O prejuízo pode ultrapassar R$ 100 mil. Os hotéis em que, supostamente, as pessoas seriam hospedadas disseram que não conhecem a mulher que seria a despachante de pacotes de turismo.

“Foi frustrante para todo mundo, até porque o final de ano é quando todo mundo se junta. Muita gente não mora aqui. Tem um grupos de São Paulo e Petrolina [Sertão pernambucano], que vieram para cá para passar o final de ano todo mundo junto e, daí então, se depara com uma situação dessas”, disse.

Fonte: G1 PE

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