Instituto Hippocampus constata presença de cavalos-marinhos em estuários de Suape

A primeira etapa da pesquisa que está sendo realizada pelo Instituto Hippocampus em águas do Complexo Industrial Portuário de Suape já apresenta bons resultados. Diversos cavalos-marinhos vêm sendo encontrados em rios do território, o que indica boa qualidade da água e equilíbrio das espécies locais. O monitoramento está sendo feito por meio de convênio firmado em novembro entre Suape e o Instituto Hippocampus, entidade sem fins lucrativos, que atua há mais de 25 anos na preservação da espécie pesquisada.

O diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape, Carlos André Cavalcanti, comemora os resultados iniciais. “O cavalo-marinho é um bioindicador de qualidade ambiental, ou seja, sua presença no estuário é prova de equilíbrio entre as espécies e de boa qualidade da água, pois trata-se de um peixe extremamente sensível a poluentes. Onde há cavalos-marinhos significa que o lugar tem condições boas para as demais espécies marítimas”, explica.

“Estamos coletando material genético dos cavalos-marinhos para nosso banco de dados e nos preparando para um possível revigoramento populacional, caso haja necessidade, ao final do estudo. Mantemos um laboratório de reprodução implantado no Cetreino de Suape que já abriga o plantel de reprodutores de Maracaípe, onde continuamente eles têm se reproduzido e os juvenis liberados no Pontal de Maracaípe”, afirma a bióloga e coordenadora do Hippocampus, Rosana Beatriz Silveira.

O monitoramento está sendo realizado nos estuários dos rios Tatuoca, Massangana, Ipojuca, Merepe e na área do Porto Externo de Suape. Além de mergulhos para pesquisa nesses pontos, também ocorrerá o acompanhamento da atividade pesqueira no ambiente estuarino, para observar se existe captura acidental dos animais, uma das principais causas da ameaça de extinção do cavalo-marinho. O contrato também prevê atividade de educação ambiental, a partir de encontros mensais com pescadores de Suape, a fim de sensibilizá-los sobre a importância do animal para o bioma marinho.

Instituto Hippocampus – Desde janeiro de 2016, o Instituto, que atualmente sobrevive por meio de doações e parcerias, está sem patrocínio fixo para manter as suas atividades de preservação do cavalo-marinho. Por isso, precisou sair da sede que mantinha em Porto de Galinhas, há mais de 20 anos, e o Complexo de Suape cedeu, pelo período de um ano, um espaço no Centro de Treinamento (Cetreino) para que o instituto mantenha suas atividades de pesquisa e a espécie se reproduza. Desde o início das atividades da entidade no Cetreino, já nasceram mais de 8.900 cavalos-marinhos em Suape. Todos devolvidos aos locais de origem de seus pais, Maracaípe.

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