Operação Ratatouille: MPPE processa criminalmente ex-secretário de Ipojuca e Vado da Farmácia

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu denúncia civil e criminal contra o ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Vado da Farmácia, e o ex-secretário municipal de Assuntos Estratégicos e Logística, Paulinho Valério da Silva Neto, que também foi secretário de planejamento de Ipojuca na gestão da prefeita Célia Sales. A dupla é acusada de chefiar uma organização criminosa responsável por lavagem de dinheiro e fraudar licitações no município do Cabo de Santo Agostinho.

Em apuração feita pela Promotoria do município, Vado da Farmácia apresentava um “padrão de vida significativamente superior ao que permitiam os vencimento de seu cargo público.” A investigação reitera que ex-prefeito (2013-2016) adquiriu bens, veículos e imóveis em negociações intermediadas por Valério, que arregimentava pessoas para serem proprietários de fachada dos bens.

Após a obtenção judicial de dados bancários e fiscais, o MPPE comprovou que Vado movimentou valores duas vezes superiores ao rendimento líquido ao salário de prefeito durante os anos de 2013 e 2015.

“Em investigações da Promotoria do Patrimônio Público e do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que precederam o inquérito policial, foram constatadas irregularidades sérias em diversos procedimentos licitatórios e contratos firmados pela Prefeitura do Cabo. Esses indícios de práticas criminosas apontam que os acusados lesaram o erário municipal, acarretando em enriquecimento desproporcional e criminoso dos agentes políticos”, sustenta o MPPE, no texto da denúncia criminal.

Deflagrada em março, a operação Ratatouille, que faz parte da Operação Lava Jato, investigou fraudes no fornecimento de merendas escolares no município. Cerca de 113 milhões foram encontrados na prefeitura.

PRÁTICAS CRIMINOSAS

A contratação da Casa da Farinha, que fornecia alimentos para programas sociais, escolas e hospitais públicos, também foi apontada pela investigação como prática criminosa. O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE) apurou a existência de escolas que não possuíam alunos de ensino fundamental e de notas fiscais que estão em desacordo com a quantidade de alimento efetivamente fornecida.

 

Fonte: JC Online

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