Operação prende suspeitos de tráfico de drogas em Ipojuca

A Polícia Civil de Pernambuco desencadeou, nesta sexta-feira (17), a Operação Látego, sinônimo de “chicote”, contra uma quadrilha ligada ao tráfico de drogas e ao crime de tortura na cidade de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife. Foram presos cinco integrantes da quadrilha, outros dois já estavam no sistema prisional do estado. Uma dupla segue foragida.

A investigação dos crimes começou em fevereiro de 2020, de acordo com o delegado de Ipojuca, Ney Luiz, que também explicou como se davam as torturas.

” Eles pegavam as vítimas, levavam para o alto de um morro aqui, local que funcionava como uma espécie de tribunal do crime. Ali faziam contato com o chefe do tráfico local, que, de dentro do presídio, ordenava o tipo de tortura e o que era para fazer com ela [a vítima]”, afirmou.

Criminosos postaram resultado de tortura em redes sociais

Os crimes, de acordo com a Polícia Civil, não eram feitos às escondidas. Os criminosos, segundo o delegado, chegaram a postar o resultado de uma das torturas nas redes sociais: a polícia divulgou a imagem de um homem com as costas marcadas por chicotadas.

A legenda da foto ironizava a situação: “Vem roubar de novo”, seguido por símbolos de risadas.

“Identificamos cinco vítimas [de tortura]. Um menor de idade, de 17 anos, e outros quatro. Um desses [o menor de idade] teria praticado um furto aqui, se não me engano de uma bicicleta ou de um botijão. Os traficantes tomaram conhecimento e o levaram lá para o alto do morro, onde o torturaram”, disse o delegado Ney Luiz.

Ainda segundo informações do delegado, a vítima da tortura ainda não foi localizada, porque teria sido expulso da cidade pela quadrilha. Indício, na opinião de Ney Luiz, de que os criminosos tinham a intenção de formar um “estado paralelo” no município.

Conforme explicação do delegado seccional Gilberto Loyo, por conta da pandemia do novo coronavírus, houve um modo diferente de atuação da Polícia Civil na operação – durante a fase de planejamento e após a captura dos cinco suspeitos.

“No planejamento operacional foi optado por fracionar o ponto de reunião pós-operação e até mesmo o anterior, o briefing, de modo a trazer mais segurança aos policiais, evitando aglomerações em delegacias”, afirmou.

Os suspeitos serão agora, segundo Loyo, conduzidos ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.

 

Fonte: G1 PE

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