Depois de uma reunião com representantes da Prefeitura do Recife nesta terça-feira (8), representantes da Guarda Municipal do Recife decidiram manter a paralisação da categoria. A mobilização foi iniciada pela manhã com um protesto no Parque da Jaqueira, na Zona Norte da capital pernambucana, e incluiu também uma passeata até a sede da administração do município, no Centro.
“A reunião foi negativa para nós e, por isso, a categoria decidiu manter a paralisação. Houve uma proposta de aumento de R$ 3 no tíquete-alimentação, que passaria de R$ 15 para R$ 18, mas não houve nada de aumento salarial. A prefeitura se nega a tudo”, reclama o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais, Subinspetores, Inspetores, e Agentes de Trânsito do Recife (Sindguardas), Ewerson Miranda.
De acordo com o sindicalista, a Guarda Municipal do Recife não recebe fardamento novo há quase oito anos e deseja melhores condições de trabalho, recebimento do adicional de risco de vida de 130% e o cumprimento da Lei Federal nº 13.022, que diz respeito à permissão para os guardas municipais manusearem armas durante o horário de trabalho.
Por meio de nota, a Prefeitura do Recife alegou que, ao longo dos últimos anos, tem cumprido o “compromisso de promover melhorias” na guarda municipal, como a convocação de duas turmas do concurso realizado para profissionais da categoria e ampliando o efetivo da corporação para 1.730 agentes. De acordo com a administração municipal, o número é 66% maior em relação a 2012, quando havia 1.042 profissionais atuando nas ruas da capital pernambucana.
Ainda segundo a prefeitura, a guarda municipal recebeu fardamento e equipamentos novos em 2017, como armas elétricas e coletes balísticos. A administração municipal também alega ter implantado o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos da categoria, que proporcionou aumento de 40% no salário-base dos guardas e promoção de 51% do efetivo.
