De fora, não dá para reconhecer o lugar onde funcionava o Banco do Brasil do balneário de Porto de Galinhas, em Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco. Bandidosexplodiram a agência em fevereiro e, desde então, moradores e turistas vêm enfrentando dificuldades para sacar dinheiro.
O espaço do antigo banco agora é usado como apoio da obra de reconstrução das oito lojas da feirinha de artesanato, também destruídas pela explosão. Para sacar dinheiro, as pessoas usam um caixa eletrônico, colado na antiga agência. Se tiverem sorte, afirmam os moradores.
“Às vezes, só tem consulta de extrato, saldo. Saque não tem sempre disponibilidade, porque não acaba o dinheiro. É complicado ser cliente e estar sendo lesada, porque eu me sinto lesada como cliente”, lamenta a aposentada Dora Emília Muniz.
Porto de Galinhas só tem atualmente uma agência da Caixa Econômica. Os clientes de todos os outros bancos usam o caixa eletrônico ao lado da antiga agência, seja morador ou turista. Como para muitos é a alternativa é apenas o único caixa, ele vive com fila. O movimento só diminui quando não há dinheiro.
Turistas que deixam para sacar no balneário acabam se arrependendo e desistindo devido a longa espera. “Tentamos ontem três vezes e desistimos por conta da fila”, conta a vendedora Vanessa Lima, que estava passeando pelo local.
Os vendedores que trabalham nas barracas da praia também sentem as consequências dessa situação. A maioria só aceita dinheiro em espécie. “A gente acaba perdendo, na maioria das vezes. Muitos clientes não vêm com dinheiro”, explica o garçom Amauri Raimundo da Silva.