A movimentação de contêineres no Porto de Suape bateu recorde no mês de julho, ultrapassando 40 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) em um único mês, marca somente alcançada em outubro de 2011. Até o fim do ano, o ancoradouro quer chegar a 434 mil TEUs. No primeiro semestre, o porto movimentou, ao todo, 2.576.897 toneladas.
“O resultado de julho se deve à recuperação da economia”, explicou novo presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Marcos Baptista. “O terminal de contêineres (Tecon) vinha operando abaixo da capacidade por conta da retração, mas agora está recobrando o bom desempenho”, contextualizou.
Baptista reconheceu que resultado poderia ser ainda melhor se o segundo terminal de contêineres (Tecon 2) já estivesse funcionando. O projeto está pronto desde 2012, mas ficou parado por causa da Lei dos Portos, pela qual os processos dos atracadouros nacionais passaram às mãos da União. No mês passado, em uma nova tentativa de tentar devolver a autonomia para a realização de licitações, o vice-governador e secretário de Desenvolvimento do Estado, Raul Henry, foi à Brasília tentar destravar a edição de um decreto prometido à Suape pelo Governo Federal, mas não conseguiu sair de lá com um calendário definido. Este ano, o presidente Michel Temer já desmarcou três agendas em Pernambuco para assinatura do referido decreto.
Cabotagem
O aumento da movimentação de cargas conteinerizadas está ligado à cabotagem. Entre os portos públicos, Suape é líder em cabotagem, que é o transporte de mercadorias entre atracadouros nacionais. Essa modalidade representa 60% da movimentação e, somente em julho, bateu os 27,7 mil TEUs. As importações totalizaram 8,8 mil TEUs e as exportações, 3,6 mil TEUs. O volume da movimentação de contêineres também cresceu no primeiro semestre. De janeiro a junho de 2017, subiu 22,9%, quando registrou 220.305 mil TEUs movimentados, ante 179.260 mil TEUs do mesmo período em 2016. Esse foi um recorde histórico da operação do Tecon Suape.
Entre as principais mercadorias movimentadas entre as cargas conteinerizadas estão os plásticos – no topo da lista com 451.995 mil toneladas; seguido pelos cereais; produtos químicos e orgânicos; ferro fundido e aço; sal, enxofre, cal e cimento; bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres, entre outros.
Fonte: Prefeitura do Ipojuca