Greve em serviço de transporte complementar do Recife afeta 50 mil pessoas

Trabalhadores do Sindicato dos Permissionários do Transporte Público Complementar de Pernambuco (Sinpetracope), que levam os moradores de áreas de difícil acesso até as paradas de ônibus do Grande Recife, paralisaram as atividades nesta segunda-feira (17). A categoria pede o pagamento pelo serviço prestado, que está atrasado há 45 dias, de acordo com sindicalistas. A greve é por tempo indeterminado e afeta cerca 50 mil pessoas atendidas por vans e micro-ônibus diariamente.

G1 tentou contato com o Grande Recife Consórcio, mas ainda não obteve resposta.

“Mantivemos contato com o consórcio (que gerencia o sistema) e eles diziam que aguardavam recursos para poder repassá-los, mas não tinha mais como manter o serviço. Queremos ao menos o básico, o salário dos motoristas e cobradores e o combustível”, disse Manuel Dias, presidente do sindicato que representa a categoria.

Todos os coletivos estão parados na garagem do sindicato, na Várzea, Zona Oeste do Recife. Boa parte dos motoristas também foi ao local, no início desta segunda.

Segundo Manuel, os permissionários dos veículos são remunerados a cada 15 dias. No entanto, os pagamentos das duas últimas quinzenas não foram liberados. Com o atraso, alguns motoristas também já estão sem receber salário.

Ao todo, segundo o sindicato, o Sistema de Transporte Complementar conta com 60 veículos, circulando em 18 linhas. Existem dois tipos: alimentadoras e interbairros. As primeiras funcionam de forma gratuita para os passageiros de áreas de difícil acesso. As outras circulam pelos subúrbios da cidade, sem passar pelo Centro ou pelos grandes corredores de ônibus.

Segundo o Sinpetracop, a maior parte dos passageiros é dos morros de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife; mas o serviço também atende localidades como o Totó, Alto Bela Vista, Sitio dos Macacos, Alto do Capitão, Jordão Baixo, Jordão Alto, Alto Maracanã e UR-7.

G1 PE

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