Apesar de ter uma receita anual de quase R$ 1 bilhão e apresentar o maior PIB per capita do Estado de Pernambuco, Ipojuca vem obtendo um fraco desempenho nos indicadores financeiros. É que o município obteve nota “C” no indicador Capacidade de Pagamento (CAPAG) feito pela Secretaria do Tesouro Nacional, o que na prática, impede a obtenção de empréstimos com juros mais baixos quando houver necessidade de aval da União.
Os piores desempenhos foram obtidos nos índices Poupança Corrente (PC), que corresponde à relação entre despesas correntes e receitas correntes ajustadas, apuradas pela média dos três exercícios anteriores. Na prática, significa dizer que o município não está conseguindo poupar recursos de forma satisfatória.
Também foi avaliado negativamente o Índice Liquidez, que consiste na relação entre as obrigações financeiras e a disponibilidade de caixa bruta do exercício anterior, comprometendo assim o pagamento de dívidas a curto prazo.
DÍVIDA
Mesmo com a elevada receita de quase R$ 1 bilhão, Ipojuca solicitou em 2020 um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal pelo Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) de R$ 90 milhões. Este valor, acrescido dos juros do empréstimo e somado à dívida com fornecedores, estima-se que a dívida da Prefeitura passe da casa dos R$ 200 milhões.
